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Festival literário Escritaria mantém homenagem à vida e obra da poetisa Ana Luísa Amaral que faleceu na passada sexta-feira

Faleceu no passado dia 5 de agosto, aos 66 anos, a poeta Ana Luísa Amaral. Recorde-se que a poeta seria a grande homenageada da Escritaria, que decorrerá na cidade penafidelense, entre 16 e 23 de outubro. A organização no entanto decidiu manter o evento em torno da sua vida e obra.

A Câmara Municipal de Penafiel, na pessoa do seu Presidente, Antonino de Sousa, lamenta profundamente o falecimento da poetisa Ana Luísa Amaral, endereçando à família os seus sentidos pêsames. Para Antonino de Sousa” É uma triste noticia para todos nós. Ana Luisa Amaral tem uma obra singular, prestou um serviço de excelência à língua e à literatura Portuguesa. Penafiel convidou-a há vários meses para ser homenageada na Escritaria de 2022, que a autora prontamente aceitou, pelo que manteremos a homenagem como previsto em torno da sua vida e obra.”

Pela Escritaria já passaram grandes nomes da literatura, como Urbano Tavares Rodrigues, José Saramago, Agustina Bessa-Luís, Mia Couto, António Lobo Antunes, Mário de Carvalho, Lídia Jorge, Mário Cláudio, Alice Vieira, Miguel Sousa Tavares, Pepetela, Manuel Alegre, Mário Zambujal e Germano Almeida.

Ana Luísa Amaral, que será homenageada a título póstumo em outubro, ensinou na Faculdade de Letras do Porto tendo defendido doutoramento sobre Emily Dickinson. É autora de mais de duas dezenas de livros de poesia e livros infantis, e traduziu diversos autores para a nossa língua, como John Updike ou Emily Dickinson. A sua obra encontra-se traduzida e publicada em vários países, tendo obtido diversos prémios, de que destacamos o Prémio Literário Correntes d’Escritas, o Premio Letterario Poesia Giuseppe Acerbi ou o Grande Prémio de Poesia da Associação Portuguesa de Escritores. Em outubro de 2020, foi galardoada com o Prémio Literário Espanhol Leteo. Em novembro do mesmo ano foi-lhe atribuído o Prémio Literário Vergílio Ferreira pela totalidade da sua obra. Em maio de 2021, foi galardoada com o Prémio Rainha Sofia de Poesia Ibero-Americana, atribuído pelo Património Nacional Espanhol e pela Universidade de Salamanca, pelo seu contributo para o património cultural do espaço ibero-americano; no mesmo ano, recebeu o Prémio Literário Francisco de Sá de Miranda. Escuro (2014), E Todavia (2015), What’s in a Name (2017), Ágora (2019), Mundo (2021) e a antologia O Olhar Diagonal das Coisas (2022) são os seus títulos publicados pela Assírio & Alvim.