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Luís Pontes quer plano de desenvolvimento para o alto concelho de Cinfães

O presidente da União de Freguesias de Alhões, Bustelo, Gralheira e Ramires, em Cinfães, reeleito pelo PS nas últimas autárquicas, deseja ver aproveitado o potencial turístico da Serra de Montemuro para fixar mais gente no território. Em entrevista à Rádio Montemuro, Luís Pontes defende a continuidade das iniciativas que têm sido realizadas e pede mais investimento, em outros lugares. “Temos que levar mais gente aos diversos locais da freguesia” sustenta o presidente que reconhece ter havido “investimento”, nos últimos anos, e que se consolidaram eventos como a “ Aldeia do Pai Natal” e a “Feira do Fumeiro”, na Gralheira. O autarca pretende que sejam organizadas mais iniciativas de promoção turística em outros pontos da  serra de Montemuro. E dá exemplos de caminhadas, provas de BTT, desportos de natureza, que têm no território da União de Freguesias “um local privilegiado”  e que, segundo o autarca, é preciso promover e desenvolver. O Centro de BTT, que vai ser criado na Gralheira, é reconhecido como um passo importante, mas Luís Pontes defende que outros equipamentos, como a antiga escola de Alhões, sejam reabilitados e façam parte da agenda para os próximos 4 anos.

No que respeita à Ação Social, considera que existe uma resposta adequada e que é dada por 2 instituições sociais de freguesias vizinhas, “a de Ferreiros e a de Tendais” , que permitem aos habitantes da União de Freguesias de Alhões, Bustelo, Gralheira e Ramires, “escolher a que mais lhes convém”, revela. No entanto, tratando-se de uma população de cerca de 500 habitantes, essencialmente idosa, Luís Pontes não deixa de referir que sería importante que existisse na freguesia um Centro de Convívio, ou uma extensão do Lar de Idosos de Tendais.

Ao nível cultural o autarca indica como referência o Centro Interpretativo Armando Costa, na Gralheira, “espaço de memória da vida, da cultura, da arte e das tradições locais”. Adianta também que gostaria de ver reativado o Rancho Infantil de Alhões, que, recorda, atuou durante a receção a Jorge Sampaio, enquanto Presidente da República, numa visita ao concelho. Luís Pontes revela também que o Rancho da Gralheira está com dificuldades, por falta de elementos. Este é um problema, segundo o presidente da junta, que limita o desenvolvimento local. “A falta de pessoas não permite que as atividades se desenvolvam” lamenta. Um cenário que o autarca pretende alterar nos próximos anos. Para isso, recupera a ideia da criação de um plano de desenvolvimento para o alto concelho de Cinfães. Segundo Luís Pontes, defender um plano de desenvolvimento próprio para o alto concelho, “não é dividir o território concelhio, é perceber que Cinfães tem realidades diferentes”, justifica. O presidente da junta da União de Freguesias explica que “estamos a falar da freguesia com maior área e que tem apenas 500 habitantes”, alerta.

A propósito de um investimento que está a desenvolver-se na freguesia, Luís Pontes afirma que é um caso “curioso”, revelando que, “se alguém dissesse, há alguns anos, que uma exploração de morangos na freguesia iria ter sucesso, não acreditaria, mas o facto é que um investidor arrancou com o projeto, “por conta própria, está a crescer e já cria, sazonalmente, postos de trabalho”, sublinha. Para o autarca, este é um exemplo de que as oportunidades existem e “mais meia dúzia de projetos do género, poderiam resolver o problema da “fuga de pessoas para outras terras”, assegura.

Quanto ao setor da Educação, o presidente da junta diz que a freguesia está   “partida”, porque os alunos de Ramires e Gralheira vão para a escola de Oliveira do Douro e os de Alhões e Bustelo frequentam a escola de Tendais. Luís Pontes afirma que continua a não entender esta situação e adianta que “esteve previsto, na primeira versão da Carta Educativa, um Centro Educativo no alto concelho”, embora sem local de implantação definido. O facto, sublinha, é que foi uma ideia abandonada e isso “também contribui para que as pessoas deixem a terra”. Um pequeno Centro Educativo seria, em sua opinião, um fator importante para manter os jovens, as familias, as pessoas, ligadas à freguesia.

Luís Pontes entende que está criado um ciclo de abandono do território que é muito difícil de inverter. Apesar de todos os entraves, garante que conseguir essa inversão é a sua maior batalha nos próximos anos.