
“Do número de casos de infeção pelo novo coronavírus conhecido até ao momento, pelo menos 20% são já em médicos”, revela a Ordem, alertando para a necessidade de serem divulgadas orientações claras sobre que equipamentos usar e em que circunstâncias e de os disponibilizar “a todos os profissionais que estão no terreno a combater esta situação de emergência de saúde pública internacional”.
Miguel Guimarães adianta que têm chegado à Ordem dos Médicos, e a si diretamente, vários relatos de escassez ou inexistência de equipamentos de proteção individual, bem como falta de orientações claras sobre os equipamentos que os médicos devem usar e quando, instando a que todos os colegas reportem as falhas e exijam trabalhar devidamente protegidos, por si, pelos doentes e por todos os portugueses.
“Esta falta de equipamentos de proteção individual para profissionais está a ser o calcanhar de Aquiles no combate ao novo coronavírus. Arriscamo-nos a que muitos médicos e profissionais de saúde fiquem doentes o que, para além do drama pessoal e familiar, significa não termos os médicos e profissionais necessários para tratar dos doentes enquanto atingimos o pico da epidemia. Se queremos ser bem-sucedidos temos de seguir o exemplo de Macau e não de Itália”, acrescenta Miguel Guimarães.