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As obras de renovação do Mosteiro de Santo André decorrem a bom ritmo com plano de investimento de 3,4 milhões de euros

O presidente da Câmara Municipal de Baião, Paulo Pereira, deslocou-se a Ancede para visitar as obras de renovação do complexo arquitetónico do Mosteiro de Santo André.

As obras incidem sobre o adro da Igreja de Ancede, a Igreja propriamente dita, e o Mosteiro de Santo André de Ancede. As obras do Mosteiro e da Igreja foram adjudicadas pela autarquia, enquanto as obras de requalificação do adro da Igreja foram adjudicadas pela AMBT – Associação de Municípios do Baixo Tâmega.
O autarca baionense Paulo Pereira, refere que “estas são obras muito importantes, requalificando um complexo arquitetónico que é anterior à fundação da nacionalidade portuguesa”. Acrescentou que “Há muito trabalho feito para este projeto. Não só ao nível da captação de financiamento para a sua concretização, mas igualmente na preparação dos projetos de arquitetura do que ainda falta executar, nomeadamente as qualificações do celeiro, dos jardins e do parque de estacionamento. Paralelamente, estamos já a trabalhar no projeto de dinamização do espaço. Creio que os baionenses irão ficar orgulhosos do resultado final desta intervenção”.


O técnico da Câmara Municipal que tem acompanhado o projeto, Rui Mendes, referiu que a autarquia se encontra “a desenvolver um projeto de dinamização do Mosteiro que assenta em quatro vertentes: museográfica, cultural, educativa e científica. O objetivo é potenciar os diversos espaços disponíveis no Mosteiro, para desenvolver uma programação para diversos públicos. É um projeto ambicioso, que tornará o Mosteiro e Baião, numa referência regional na área cultural”, projeto este que deverá ser apresentado aquando da inauguração do Mosteiro e da sua abertura ao público.

O investimento na requalificação do adro é de cerca de 210 mil euros e é cofinanciado em 85% pelo Programa Operacional Regional do Norte (Norte 2020) e em 15% pelo Município de Baião, no âmbito da operação “Rota do Românico: Património, Cultura e Turismo – Tâmega (2.ª Fase)”, apresentada pela AMBT – Associação de Municípios do Baixo Tâmega.

Estão também a ser levadas a cabo obras de qualificação do piso, a reformulação da área confinante com a porta principal do Mosteiro e da área adjacente à porta lateral da igreja, intervenção no muro de suporte a poente do adro, iluminação e instalações elétricas, drenagem de águas pluviais e esgotos, grelhas de escoamento, arborização e vegetação, reposicionamento de mobiliário urbano e sinalética e reperfilamento do antigo caminho de carros.

Os degraus, as guias e as grelhas de drenagem serão em granito, a plataforma e rampa em calçada portuguesa e o reperfilamento do caminho de carros prevê o levantamento e recolocação do cubo existente. Está também prevista a colocação, na entrada norte do adro, de um pilarete retráctil para controle de acesso de viaturas.

O investimento é de cerca de 600 mil euros comparticipado por fundos comunitários, cofinanciado a 85% pela medida PROVERE do Programa Operacional Norte 2020 através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), ficando o restante a cargo da Câmara Municipal de Baião.
Esta intervenção na igreja do Mosteiro de Santo André de Ancede ocorre ao nível da conservação e restauro e contempla o retábulo-mor, os retábulos colaterais, o púlpito com dossel, as sanefas, o sanefão, quatro anjos tocheiros, os tetos da capela-mor, a nave, o subcoro, a pintura mural da sacristia e o lambrim de azulejo.

De acordo com a autarquia baionense, “as obras e trabalhos de valorização deste elemento patrimonial prosseguem a bom ritmo”, seguindo as linhas da estratégia de investimento da Câmara Municipal de Baião, cujo valor ronda os 3,4 milhões de euros, sendo que os fundos comunitários suportam 72% desse valor (PROVERE, Património Cultural e DLBC). Estão a ser executados obras de restauro dos Claustros, da Ala Poente, Ala Nascente e da Ala Sul do Mosteiro, seguindo um projeto do arquiteto Álvaro Siza Vieira.

As sondagens arqueológicas realizadas no local, permitiram encontrar vestígios e objetos sobre a história secular do monumento, sendo que durante o ano de 2022, o espaço contará com núcleo museológico, cultural e pedagógico.